sexta-feira, 3 de maio de 2019

No País dos Afectos: Cabo Verde


Agora seco, abrasado pelo sol e por uma inclemente ausência de precipitação, 2 anos sem chover.
Onde chega a rega gota-a-gota há pequenos pontos de um verde intenso, donde se percebe que a água mudaria a paisagem.

Num país de remediados, o contraste entre a urbe e o campo é, apesar de tudo, visível. A dureza da paisagem rural surpreende pela presença de pessoas onde se imaginaria impossível. No lugar mais remoto, no cume mais íngreme ("nha cutelo"), aí está uma casa, menor ou maior, para onde todos os materiais (bloco, telha, cimento, ..) foram carregados à cabeça ou de burro, onde é possível.

É um prodígio, uma determinação, viver onde se julgaria impossível. A que se acrescentam as encostas com mais de 45 graus de inclinação, onde o milho é cultivado e de onde, à cabeça, é retirado o grão e a palha, em grandes feixes. Caminhando pela encosta abaixo, muitas vezes descalços.

Uma realidade que nos está distante na memória, mas que alguns dos nossos avós, até pais, também viveram. Pelo menos no Nordeste agreste de Trás-Os-Montes, que alguma literatura vem tentando preservar, com J. Rentes de Carvalho e outros autores.


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